Quando eu comprei meu Dingoo A320 no DX no DealExtreme eu pensei em fazer um review, mas como já estava tão bem conhecido, e existem vários bons reviews do mesmo, deixei pra lá. Mas acho que cabe colocar aqui a minha experiência pessoal com o Dingoo, passados alguns meses e a euforia (tá, não é pra tanto) inicial.

O Dingoo pra mim se resume em os jogos, e o resto. Então, é assim que vou descrevê-lo a seguir. Os jogos O motivo principal de comprar um Dingoo são os jogos, claro. E são muitos, e abundantemente disponíveis, basta saber procurar. De todos os consoles históricos, todos os jogos da infância, todos reunidos na palma da sua mão. É tão legal que no início você releva o fato de que alguns não tem som, outros não são suportados (o que é um jogo entre milhares), ou alguns dão umas pequenas “travadinhas”. Enfim, tudo é festa! E o mais legal é que os 4GB do Dingoo são mais que suficientes para comportar todos os melhores jogos.  Só que com o tempo, fica difícil de ignorar o fato que o design do Dingoo não foi feito para “jogar” realmente, os botões L e R são praticamente inacessíveis, alguns jogos onde é necessário pressionar dois botões ao mesmo tempo (corrida + pulo no Mario) não funcionam direito, jogos mais pesadinhos (e divertidos!) como os de CPS 2 não rodam de forma tão “suave”. É o fim do namoro. O resto Surpreendentemente, para mim ao menos, eu acabei usando o Dingoo muito mais como media player. Já que a algum tempo eu tenho um dumbphone, que cumpre apenas as funções básicas de telefone pra mim, usei muito o rádio FM, o mp3 player e até visualização de vídeos. Os dois primeiros são ótimos, inclusive para ouvir sem fones de ouvido, porque os auto falantes são bem potentes. No caso de vídeo, só em baixíssima resolução, mas enfim, a tela é tão pequena que não faz muita diferença mesmo.  Capítulo a parte, as customizações Bom, a segunda coisa que mais me atraiu no Dingoo é a quantidade de customizações, softwares, pacotes obscuros feitos por uma comunidade apaixonada. Isto vai desde aplicações como calculadoras, emuladores adicionais não oficiais, passando por aplicações que permitem alterar o clock do processador (alerta vermelho!) e até mesmo uma distribuição de linux própria, o Dingux!

Todas estas alterações são extremamente simples de executar, consomem apenas seu tempo, mas posso garantir, não valem a pena em termos práticos, apenas se você é um geek como eu e não descansa enquanto não instala linux em todos os eletrônicos que possui. E acho que esta série de pequenas mexidas foram aos poucos piorando muito o desempenho do meu Dingoo, e hoje em dia não é possível jogar nenhum (repito, NENHUM) jogo sem experimentar travamentos em algum momento. Então não vale a pena ter um Dingoo? Caraca, vale muito a pena! Eu tenho reunidos em um só lugar e a mão todos os meus jogos antigos mais queridos! Mas a minha mensagem pra você que está pensando em comprar um Dingoo é a seguinte: tenha certeza de estar comprando pelo que ele é. Se você está pensando em mexer, alterar, recompilar, antes de ter o console nas mãos, já adianto que vai ser um desperdício de tempo de dinheiro.